quinta-feira, 21 de julho de 2011

Baden Powell



"O violão é a minha metade"
Baden Powell
[ Fonte (frase): www.badenpowell.com.br ]

Nome completo: Baden Powell de Aquino
Nome artístico: Baden Powell
Data de nascimento: 06/08/1937
Local: Varre-e-Sai
Gêneros: MPB, Bossa Nova e Jazz


BIOGRAFIA - 1 ( Sinopse )
Por Philippe Baden Powell

Para quem não sabe...

Baden Powell é considerado um dos maiores violonistas de todos os tempos 
e um dos compositores mais expressivos da nossa música. Criador de um 
estilo próprio, foi o violonista mais influente de sua geração, tornando-se 
uma referência entre os violões havidos e a haver. Sua música rompe as 
barreiras que separam a música Erudita da Música Popular, trazendo 
consigo as raízes afro-brasileiras e o regional brasileiro.
Origens ( 1937 )

Baden nasceu no dia 06 de Agosto de 1937 em uma cidadezinha no norte 
do Estado Fluminense chamada "Varre-e-Sai". Ele nunca soube me dizer 
porquê a cidade tem esse nome, mas sempre falou dela com muito amor. 

Dizia que seu pai o havia ensinado a ter saudades de "Varre-e-Sai". Meu 
avô se chamava Lilo de Aquino, mas tinha o apelido de "Tic", era sapateiro 
de profissão e chefe de escoteiro. Meu pai ganhou o nome de Baden Powell 
em homenagem ao fundador do escotismo: o General britânico Robert 
Thompsom S. S. Baden Powell.
A música faz parte da história da nossa família há algumas gerações, meu 
bisavô, Vicente Thomaz de Aquino, foi um fazendeiro negro que fundou 
talvez uma das primeiras e únicas bandas de escravos que tocavam e 
cantavam suas raízes. Sempre ouví muitas histórias de meus ascendentes 
mas infelizmente não conheci meus avós. A família decidiu se mudar para o 
Rio de Janeiro e com apenas três meses Baden tornou-se carioca do 
bairro de São Cristovão.

Cresceu ouvindo música; contava as histórias de 
seu pai, violinista amador, que fazia reuniões musicais em casa com os 
amigos Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Jaime Florence (o "Meira"), 
entre outros bambas da música dessa época. Contava também que 
costumava acompanhar os saraus batucando no armário do quarto.
Com oito anos Baden se apaixonou por um violão que sua tia ganhara numa 
rifa. Ela não tocava nada e por isso o deixou pendurado na parede da 
sala. Baden ficava "namorando" o instrumento, mas era muito tímido pra 
pedir emprestado. Um dia não resistiu e pegou escondido o violão, 
enrolou-o em uma toalha e guardou debaixo da cama. Ficava descobrindo 
o som do instrumento e se encantando cada vez mais por ele, dizendo para 
si mesmo: "Eu vou tocar você!". Até que a mãe dele, limpando o quarto, 
achou o instrumento escondido e reagiu muito mal, exigindo que Baden o 
devolvesse a sua tia, coisa que ele se recusou. Quando "Seu Tic" chegou 
do trabalho, soube da história e entendeu que havia algum interesse se 
manifestando, ele decidiu iniciar o Baden nas primeiras posições de 
acordes do instrumento. Em poucas aulas Baden já havia esgotado o pouco 
conhecimento violonístico do pai e foi ecaminhado aos cuidados do Meira, 
grande mestre violonista que foi também professor de Rafael Rabello e 
Maurício Carrilho.

Violão eterno

Baden Powell trilhou um caminho de sucesso, respeitado e reverenciado 
por sua musicalidade e genialidade como instrumentista. Ganhou 
reconhecimento mundial, deixando seus acordes gravados no coração de 
vários fãs pelo mundo. Gravou mais de 70 discos e recebeu diversos 
prêmios pelo conjunto de sua obra, deixando um imenso legado a todos 
os músicos e amantes da música.

Sua influência é marcante e está presente 
nas novas gerações de músicos, contribuindo para a evolução da música 
brasileira.
Todos os dias agradeço à Deus e aos orixás por ter podido conviver por 
vinte e dois anos com este artista; com quem continuo aprendendo.
À Benção, papai! Saravá Baden Powell!

Nota: Leia a biografia completa no site oficial.

DEPOIMENTO
Júlio Medaglia ( maestro )

É impossível se referir ao Baden compositor apenas como autor de "lindas 
melodias". O real sentido de sua obra se revela através de todo um 
complexo sonoro criado a partir do violão e que, pela riqueza e inventiva, 
constitui verdadeiro "mundo" – o que justifica o título escolhido por uma 
das maiores gravadoras francesas (Barclay) ao apresentá-lo ao público 
europeu: O mundo musical de Baden Powell.
Certa vez Stan Getz me perguntou: "Por que razão Baden Powell não se 
transfere para a Europa ou para os Estados Unidos? Por que razão ele não 
quer ser o maior violonista do mundo?" Não tendo tempo para consultá-lo 
por telefone, respondi por mim mesmo: "Porque talvez ele já o seja há 
muito tempo…"

[ Fonte: Site oficial - www.badenpowell.com.br ]



BIOGRAFIA - 2
Baden Powell de Aquino (Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 — Rio de 
Janeiro, 26 de setembro de 2000) foi um violonista brasileiro.

Filho de Dona Adelina e do violinista e escoteiro Lilo de Aquino, que lhe 
deu esse nome por ser fã do criador do Escotismo, general britânico 
Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. É irmão de Vera Gonçalves de 
Aquino e pai do pianista e tecladista Philippe Baden Powell e do violonista 
Louis Marcel Powell (ambos nascidos na França) e primo do violonista 
João de Aquino.

Aos nove anos começou a estudar violão, mas só ficou famoso no Brasil 
quando constituiu uma parceria com Vinícius de Moraes, que escreveu 
versos para suas composições, criando o gênero dos Afro-Sambas.

Tocava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo 
desenvolveu um estilo que se baseava em Django Reinhardt e Barney 
Kessel. Passou a ser conhecido internacionalmente em 1966 quando 
Joaquim Berendt teve a oportunidade de conhecê-lo, convidando-o para 
gravar seu primeiro disco e visitar a Europa.

O sucesso não o abandonou e sua fama foi aumentando com seus discos, 
principalmente na Alemanha. Continuou dando concertos, também nos 
Estados Unidos, onde teve a oportunidade de se apresentar com Stan 
Getz.

Baden Powell tinha uma maneira única de tocar violão, incorporando 
elementos virtuosísticos da técnica clássica e suíngue e harmonia 
populares. Explorou de maneira radical os limites do instrumento, o que o 
transformou em uma rara estrela nacional da área com trânsito 
internacional.

Ele foi considerado por muitos um dos maiores violonistas de jazz desde o 
início da bossa nova. Já gravou muitos discos entre os quais é preciso 
mencionar “Baden Powell Quartet”, um álbum duplo gravado para a 
Barclay, “Stephane Grappelli - Baden Powell” (Fontana) e “Baden Powell” 
(MPS).

Depois de passar várias semanas no hospital, Baden Powell morreu a 26 de 
setembro de 2000, aos 63 anos.

Cronologia

1937, 6 de agosto - Nascimento em Varre-Sai, à época distrito do 
município de Natividade, RJ.

1937 - Muda-se, com a família, para a cidade do Rio de Janeiro, morando 
no bairro de São Cristóvão.

1962 - Conhece Vinícius de Moraes.

1962 - Primeira viagem à Europa, quando se torna o mais prestigioso 
artista brasileiro. Apresentações e gravações em vários países.

1969 - Vence a I Bienal do Samba, com a música Lapinha, composta junto 
com Paulo César Pinheiro.

1994 - Lança, no Brasil, o disco Baden Powell de Rio a Paris.

1994, julho - Apresenta-se na Sala Cecília Meireles, a cidade do Rio de 
Janeiro, ao lado dos filhos Louis Marcel Powell, violonista, e Phillipe 
Baden Powell, pianista e tecladista. Esse concerto foi gravado em CD, com 
o título Baden Powell e Filhos.

2000, 26 de setembro - Falecimento na cidade do Rio de Janeiro.




1959 - 78 RPM
1959 - Apresentando Baden Powell e seu violão
1961 - Um Violão na Madrugada
1962 - Baden Powell (Compacto Duplo)
1962 - Baden Powell Swing With Jimmy Pratt
1963 - Baden Powell à Vontade
1964 - Le Monde Musical de Baden Powell (gravado na França)
1965 - Billy Nencioli / Baden Powell
1966 - Baden Powell ao Vivo no Teatro Santa Rosa
1966 - Os Afro-sambas - Baden & Vinícius
1966 - Tempo Feliz
1966 - Tristeza on Guitar
1967 - Berlin Jazz Festival
1968 - Poema on Guitar
1968 - Show Recital: Baden, Marcia & Originais do Samba
1969 - 27 Horas de Estúdio
1969 - Le Monde Musical de Baden Powell - Vol. 2
1970 - Baden Powell Quartet Vol. 1
1970 - Baden Powell Quartet Vol. 2
1970 - Baden Powell Quartet Vol. 3
1970 - Canto on Guitar
1970 - Lotus/Tristeza
1970 - Os Cantores de Lapinha
1971 - Estudos
1971 - L'ame de Baden Powell
1971 - L'art de Baden Powell
1972 - Samba Triste
1972 - Baden Powell
1973 - Apaixonado
1973 - Solitude on Guitar (gravado na Alemanha)
1974 - La Grande Reunion
1974 - La Grande Reunion vol.2
1977 - Baden Powell canta Vinicius de Moraes e Paulo Cesar Pinheiro
1977 - Maria D'Apparecida et Baden Powell
1979 - Grande Show ao Vivo no Procopio Ferreira
1983 - Felicidades/Felicidade/Live in Hamburgo
1988 - Rio das Valsas
1990 - Os Afro-sambas - Regravação com Quarteto em Cy
1990 - Live at The Rio Jazz Club
1992 - The Frankfurt Opera Concert 1975
1992 - Live in Switzerland
1994 - Rio a Paris - Decembre 94
1995 - Baden Powell & Filhos
1996 - Baden Powell a Paris
1996 - Live at Montreux Jazz Festival
1998 - Suite Afro-Consolação
2000 - Lembranças

[ Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre ]


TV Cultura apresenta documentário sobre o músico Baden Powell.



baden_powell_divulgacao_blog0401.jpgA Bossa Nova comemora oficialmente 50 anos em 2008, e o músico e compositor brasileiro Baden Powell (fotos) ganhou um documentário na TV Cultura que contará sua trajetória em um dos momentos mais marcantes da música brasileira.
“Mosaicos -A Arte de Baden Powell”, título do programa, mostra Baden em diversas épocas da carreira, registradas no MPB Especial (1973), Festival de Verão do Guarujá (1980), Ensaio (1990) e Jazz Brasil (1991).
Também fazem parte do especial sobre Baden Powell vídeos onde Elis Regina, Elizeth Cardoso, Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Miúcha interpretam músicas dele.
baden_powell_divulgacao_blog0401_1.jpgNo repertório de “Mosaicos” estarão os grandes sucessos de Baden Powell, desde sua primeira composição gravada, “Samba Triste”, feita em parceria com Billy Blanco. Músicas que se tornaram clássicos na voz de intérpretes como Elis Regina e Elizeth Cardoso também estarão presentes, além de um choro inédito, “Um Abraço no Trio Elétrico” (dedicado ao instrumentista Armandinho), interpretado pelo filho do compositor, Marcel Powell, que descobriu a música nos arquivos do pai.
O especial mostrará ainda depoimentos e números musicais inéditos de Toquinho e Paulo César Pinheiro, e de uma nova geração de intérpretes composta pelos violonistas Marcel Powell (filho do homenageado) e Marcus Tardelli e pelas cantoras Marianna Leporace e Ana Paula Lopes.
Baden Powell alcançou repercussão internacional e morreu aos 63 anos de idade, no Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro de 2000. O documentário sobre a vida dele foi dirigido por Nico Prado e vai ao ar hoje a noite, dia 04 de janeiro, às 21h.


SAIBA MAIS

Site oficial - www.badenpowell.com.br


Um comentário:

  1. Favor de enviar el poema de introducción a la canción Só por amor. 1968 Recital con Marcia e Os Originais do Samba. Obrigado

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